Internacional – Os EUA continuam mentindo

Cartel de “Los Soles” é invenção da CIA

O governo Donald Trump, dos EUA, acusa o presidente da Venezuela Nicolás Maduro, de ser o líder de organização criminosa, mas há divergências sobre atuação e até mesmo sobre a existência desse grupo; a CIA - Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, teria sido a fundadora, nos anos 1.990, de uma quadrilha de narcotráfico conhecida como “Cartel de los Soles”.

Um ex-Boina Verde (força de operações especiais do exército americano) e agora mercenário norte-americano Jordan Goudreau afirmou, em entrevista ao portal The Grayzone, que a CIA teria fundado, a quadrilha de narcotráfico conhecida como “Cartel de los Soles”.

Atualmente, esse suposto Cartel, seria utilizado como justificativa para ações militares no Caribe, incluindo o pedido de prisão do presidente venezuelano, acusado sem provas pelos EUA de ligação ao narcotráfico. Jordan Goudreau foi o líder da Operação Gedeón que, em 2.020, tentou derrubar o governo Maduro através de uma ação militar marítima. A tentativa de golpe acabou sendo impedida por pescadores venezuelanos.

O “Cartel de los Soles” seria uma organização criminosa para tráfico de drogas que operaria dentro do governo venezuelano. No entanto, segundo o mercenário, o Cartel acabou sendo criado nos anos 1.990, antes da posse de Hugo Chávez, para facilitar o trânsito de drogas no Caribe.

“Isso não é segredo; é a verdade. Sabemos disso há algum tempo”, declarou Goudreau, acrescentando que “a comunidade de inteligência dos EUA está envolvida em operações de tráfico de drogas há décadas e lucra com elas. Isso não é mentira: não faltam evidências da participação americana em tráfico de drogas. Notoriamente, Manuel Noriega, ex-presidente do Panamá, foi um presidente ligado ao narcotráfico que trabalhou com apoio da CIA”.

Segundo a denúncia de Goudreau, o nome da organização não teria origem entre os próprios supostos integrantes venezuelanos. “Cartel de los Soles é quase uma piada entre nós, porque eles não se deram esse nome. Há um emblema no uniforme deles que representa um sol, e imagino que a DEA, ou quem quer que seja, os chamou assim”, disse.

O termo "sóis" remete aos símbolos - 4 ou mais estrelas e sóis - que eram usados no uniforme de alguns militares de alto escalão da Venezuela, dando origem ao nome do grupo inventado.

JoCA NEWS comenta: Quem deu autorização aos EUA, a atirar em embarcações estrangeiras em águas internacionais, matando seus ocupantes?; quem deu autorização para instituírem recompensa financeira de US$ 50 milhões pela informação de localização do presidente venezuelano, sem provas, e sem condenação?; todos sabemos que a Venezuela é o país com maior reserva de petróleo mundial, e com terras raras de interesse do Trump e que contam mentiras para esconder seus interesses.

Importante ressaltar, que o governo brasileiro, até hoje, não reconheceu a vitória nas últimas eleições da Venezuela.

Foto de internet

Para complementar notícias dos EUA, sem as leis orçamentárias aprovadas, boa parte do governo federal está inoperante, devido ao shutdown (paralização) e o prejuízo cresce a cada semana. Especialistas estimam que a economia norte-americana esteja perdendo de US$ 7 a US$ 15 bilhões por semana, valor que tende a aumentar conforme o bloqueio se prolonga.

A paralisação já atingiu desde o turismo até a indústria de tecnologia. Parques nacionais estão fechados, concessões de vistos e green cards foram interrompidas e milhares de servidores estão sem salário. Pequenas empresas que dependem de contratos federais tiveram de cortar pessoal ou suspender atividades. Em Maryland, uma prestadora de serviços de TI reduziu turnos e demitiu dezenas de funcionários após o congelamento dos contratos públicos.

O bloqueio também pressiona a capital federal, onde milhares de servidores enfrentam atrasos salariais e recorrem a bancos de alimentos e organizações de ajuda. Com isso, até as doações a entidades beneficentes caíram, um efeito colateral que revela o alcance da crise.

A situação se torna ainda mais preocupante diante de um contexto de economia enfraquecida, tensões comerciais e aumento nos custos de crédito. Caso a paralisação continue por mais semanas, os analistas preveem que o país pode entrar em recessão técnica antes do fim do ano.