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Editorial - Tarifaço dos EUA contra a China quebra fazendeiros e fortalece o Brasil

Atualizado: 13 de out.

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EUA está criando inimigos


A mais nova guerra comercial entre os americanos e a China está deixando os agricultores estadunidenses à beira da falência — e abrindo espaço para o Brasil ocupar o posto de maior fornecedor de alimentos do mundo.

Este segundo mandato de Donald Trump impor tarifas punitivas sobre produtos chineses, provocando retaliações imediatas de Pequim e um colapso nas exportações agrícolas dos EUA.

Em 2.018, em seu primeiro governo (2017 a 2021) precisou liberar bilhões de dólares em subsídios para conter prejuízos e agora, a Casa Branca prepara um novo pacote bilionário para ajudar o setor rural.

O presidente americano, justifica o TARIFAÇO como forma de abrir mercados aos produtos do país, mas, na prática, a medida encareceu fertilizantes e equipamentos e fechou o principal destino das exportações dos EUA, que é a China.

Durante o primeiro mandato de Trump, Pequim retaliou taxando soja, carne suína, uísque e cranberry, obrigando Washington a liberar US$ 20 bilhões em ajuda direta, agora, congressistas estimam que o novo pacote pode chegar a US$ 50 bilhões.

Trump cogita usar a arrecadação das próprias tarifas, mas não tem autorização legal para isso sem aval do Congresso.

Diante da escalada tarifária dos EUA, a China transformou a guerra comercial em instrumento de reposicionamento global. Em vez de reagir impulsivamente, Pequim tem combinado firmeza diplomática e pragmatismo econômico, da mesma forma que o presidente brasileiro, que foi um dos poucos a enfrentar o governo americano, enquanto outros se submeteram a todas as exigências do americano.

Além de, não terem mais mão de obra para as colheitas, pois o presidente Trump, saindo caçando, prendendo e deportando todos os estrangeiros, que sempre foram atrás do tal sonho americano, mas, só encontraram subemprego e mão de obra barata.

Enquanto os EUA estão obrigados a socorrer produtores, a China diversificou fornecedores e reforçou sua segurança alimentar. De janeiro a agosto, o Brasil exportou 2,5 bilhões de bushels (unidade de medida para volume de grãos e outras commodities secas, pesando cerca de 27,22 kg) de soja para o mercado chinês, contra apenas 218 milhões dos Estados Unidos.

A China não reduziu o consumo, muito pelo contrário, as importações atingiram recordes, só que agora o dinheiro, no entanto, vai para a América do Sul. Com safras recordes, câmbio favorável e investimentos em infraestrutura, o Brasil se consolidou como o principal parceiro agrícola da China, ocupando o espaço deixado pelos EUA.

O movimento mostra que Pequim joga no longo prazo: preserva estabilidade interna, fortalece alianças no Sul Global e usa o conflito comercial como alavanca para redesenhar o mapa do comércio mundial de alimentos.

Talvez essa mudança de comportamento do Trump, com relação ao TARIFAÇO contra o Brasil, tenha no fundo, algo a ver com tudo isso.

Exportações em setembro caíram 20,3% para os EUA e cresceram 14,7% para a China.


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