Brasil tradicionalmente abre a Assembleia

Brasil tradicionalmente

abre a Assembleia

Na terça-feira, dia 23 de setembro, ocorreu a abertura da 80ª Assembleia da ONU denominada “Melhor Juntos: 80 Anos e mais para paz, desenvolvimento e direitos humanos”, abertura que terminará dia 29, segunda-feira, em celebração às 8 décadas de existência da organização. Lula falou como estadista: defendeu a democracia, a soberania brasileira, condenou o massacre em Gaza e foi aplaudido ao todo 7 vezes, também disse: "Atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando a regra", disse que a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por golpe de Estado pelo STF - Supremo Tribunal Federal é um "recado aos candidatos a autocratas do mundo e àqueles que os apoiam", continuou dizendo "Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e àqueles que os apoiam: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis", e afirmou que "a agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável, essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias. Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade".

O presidente Lula, falou ainda sobre o autoritarismo e a soberania,

"O autoritarismo se fortalece quando nos omitimos frente à arbitrariedade, seguiremos como nação independente e povo livre de qualquer tipo de tutelas".

Lula criticou o ataque terrorista do Hamas à Israel em 2.023 e o "massacre" em Gaza, "nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza", e defendeu os judeus, "que dentro e fora de Israel, se opõem à guerra em Gaza”.

Seguindo a tradição, o Brasil fez o discurso de abertura da Assembleia Geral, a fala do presidente ocorreu depois do secretário-geral da ONU, António Guterres, cujo mandato iniciou em 1º de janeiro de 2.017 e terminará com seu 2º mandato em 31 de dezembro de 2.026, e da presidente dessa 80ª Assembleia Geral, a alemã Annalena Baerbock, que tem duração de 1 ano, os principais órgãos de decisão da organização, são Assembleia Geral, com 193 estados membros e o Conselho de Segurança, que tem 15 membros, com apenas 5 estados membros permanentes, a China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia, eles têm direito a voto e, poder de veto sobre todas as decisões, sendo que a sua abstenção ou voto contrário bloqueia uma resolução inteira. Por outro lado, os outros 10 membros não-permanentes também têm direito a voto, mas não possuem poder de veto, com mandato de 2 anos, são eleitos pela Assembleia. O presidente Lula, vem criticando há anos, que após esses 80 anos, aumentaram os integrantes da organização mundial, mas, o Conselho de Segurança continua da mesma forma.

Em meio a tensão entre Brasil e EUA, Donald Trump, que fez um discurso totalmente contrário ao que foi dito pelo antecessor, foi negacionista com relação ao clima, vacinas, criticou presidentes anteriores de oposição e piorou, com críticas contra a própria ONU, fez uma afirmação tão absurda sobre o medicamento “paracetamol”, sem nenhum fundamento científico, anunciou durante seu discurso que ele e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT teriam concordado em se reunir na próxima semana.

"Tivemos uma boa conversa e combinamos de nos encontrar na semana que vem, se isso for do interesse dele", declarou o presidente americano, depois de comentar que os 2 haviam se cruzado e se falado por alguns segundos ali nos bastidores, disse "Ele parece um homem muito legal. Na verdade, ele... Ele gostou de mim, eu gostei dele, eu só faço negócios com pessoas de quem gosto, eu não faço [negócios] quando não gosto da pessoa. Quando não gosto, eu não gosto".

Esta seria a primeira oportunidade de diálogo entre os 2 mandatários desde que Trump anunciou, no início de julho, tarifas de 50% (tarifaço) sobre produtos brasileiros exportados aos americanos mencionando entre as causas o processo criminal por tentativa de golpe do ex-presidente Jair Bolsonaro, “falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade” — afirmou Lula, entre vários outros assuntos.