Brasil - Presidente da ALERJ é preso pela Polícia Federal no RJ - Operação Unha e Carne e outras
- JoCA NEWS

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O presidente da ALERJ - Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar, do UNIÃO, foi preso preventivamente pela PF - Polícia Federal nesta quarta-feira, dia 3, mais de R$ 90 mil, foram encontrados no veículo oficial dele.
O Deputado Estadual foi alvo da Operação Unha e Carne, que combate a atuação de agentes públicos envolvidos no vazamento de informações sigilosas que culminou com a obstrução da investigação realizada no âmbito da Operação Zargun, responsável pela prisão do deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, do MDB, conhecido como TH Joias, em setembro.
Na ocasião, TH Joias foi alvo de 2 operações simultâneas, a Bandeirante e Zargun, mas, equipes da PF não localizaram o deputado em sua residência na Barra da Tijuca, nem em seu gabinete na ALERJ. Ele só foi detido horas depois, em um condomínio de alto padrão também situado na Barra.
Bacellar foi chamado para uma reunião com o superintendente da PF no Rio, Fábio Galvão, e acabou preso.
Alexandre de Moraes afirmou que "a Polícia Federal destacou, em sua representação, a existência de indícios que demonstram o vazamento de informações sensíveis da Operação Zargun, mediante ações ativas e deliberadas objetivando à justiça e ocultação de provas, promovidas pelo ex-deputado - TH Joias - e seus associados".
Ainda segundo o magistrado do Supremo, "os fatos narrados pela Polícia Federal são gravíssimos, indicando que RODRIGO DA SILVA BACELLAR estaria atuando ativamente pela obstrução de investigações envolvendo facção criminosa e ações contra o crime organizado, inclusive com influência no Poder Executivo estadual, capazes de potencializar o risco de continuidade delitiva e de interferência indevida nas investigações da organização criminosa".
Para relembrar, a Operação Zargun, também conduzida pela PF, investigou esquema de corrupção envolvendo lideranças do CV - Comando Vermelho no Complexo do Alemão com diversos agentes públicos, incluindo um delegado da PF, policiais militares, um ex-secretário municipal e estadual, além de um deputado estadual.
Em maio, Bolsonaro anunciou que Bacellar seria seu candidato a governador do Rio, parece que ambos presos se apoiam.
Em São Paulo, após a saída do Deputado Federal Guilherme Derrite como Secretário da Segurança Pública, assumiu o Delegado Osvaldo Nico Gonçalves, e a Polícia Civil de São Paulo deflagrou, nesta quinta-feira, dia 4, a Operação Falso Mercúrio, conduzida pelo DEIC - Departamento Estadual de Investigações Criminais, para desarticular uma organização especializada em lavar dinheiro para uma facção criminosa, ao todo, 54 mandados judiciais estão sendo cumpridos, 6 de prisão e 48 de busca e apreensão, na capital e na Grande São Paulo.
A Justiça determinou o sequestro de 49 imóveis, 3 embarcações e 257 veículos, todos ligados aos investigados. Além disso, contas bancárias de 20 pessoas físicas e 37 empresas foram bloqueadas.
De acordo com a DIG - 3ª Delegacia de Investigações Gerais, do DEIC, o grupo criminoso mantinha uma estrutura complexa de lavagem de capitais, alimentada por atividades ilegais como tráfico de drogas, estelionato e jogos de azar. As apurações apontam ainda indícios de ligação direta com uma facção que atua amplamente no estado.
O esquema funcionava em 3 núcleos:
- Coletores, responsáveis por reunir o dinheiro ilícito;
- Intermediários, encarregados de movimentar e ocultar os valores;
- Beneficiários finais, que recebiam os recursos já “limpos”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 4ª feira, dia 4, que recebeu da embaixada dos Estados Unidos um pedido de acesso a documentos sobre operações de combate ao crime organizado, após telefonema entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. Em entrevista coletiva, Haddad afirmou que os documentos estão passando por tradução na Receita Federal “para que essa ação seja efetivada”.







