Editorial – Recuo ainda não está bom
- JoCA NEWS

- 14 de nov.
- 2 min de leitura

Derrite e bolsonaristas derrotados ao
classificar facções como terroristas
O Deputado Federal e Secretário da Segurança Pública de São Paulo, afastado, Guilherme Derrite do PP/SP, teria acertado uma manobra junto a aliados da bancada bolsonarista e do CENTRÃO, ambas, oposição ao atual governo federal, para dar seguimento ao lobby pró presidente americano Donald Trump, capitaneado por Tarcísio Gomes de Freitas do Republicanos/SP, para classificar as facções criminosas, como o CV - Comando Vermelho e o PCC - Primeiro Comando da Capital, em ORGANIZAÇÕES TERRORISTAS, o que de fato, não são, vamos explicar, a definição de TERRORISMO é “o uso ou ameaça de uso de violência por indivíduos ou grupos, motivados por razões políticas, ideológicas, religiosas, ou preconceituosas (raciais, étnicas, etc.), com o objetivo principal de causar terror social generalizado”, as razões dessas organizações, são exclusivamente financeiras.
Antes da entrevista na qual, ele se humilhou (basta ver a cor vermelha das orelhas) ao recuar das medidas inseridas no Projeto de Lei Antifacção que o governo enviou ao Congresso Nacional.
O líder do partido PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL/RJ), revelou a estratégia acertada com Guilherme Derrite em publicação meia hora antes.
"O PL jamais abrirá mão de equiparar criminosos a narcoterroristas", afirmou o deputado, braço político do pastor Silas Malafaia.
Em seguida, Sóstenes sinalizou que o Projeto de Lei de Danilo Fortes do União/CE, que propõe a classificação das facções como terroristas, deve ser colocado em pauta.
Após obter uma vitória com o recuo de Derrite tanto na questão do "TERRORISMO" quanto na BLINDAGEM DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS da atuação da Polícia Federal nos Estados, o governo federal, do presidente Lula fará uma vistoria no novo texto de Derrite (alterado até esta 5ª feira, 4 vezes), considerado um desastre, divulgado na noite anterior e que poderia ir para votação, mas, não foi.
A Câmara dos Deputados deveria votar nesta quarta-feira, dia 12 o Projeto de Lei ANTIFACÇÃO, após o presidente da Casa, Hugo Motta, e o relator da matéria, Guilherme Derrite, recuarem em 2 pontos criticados pelo governo, autor da proposta original e por vários outros juristas, incluindo as manifestações sociais, mas, após analisarem melhor, essas mudanças, não agradaram ninguém, nem governo, nem oposição.
Depois de um dia cheio de reuniões com integrantes do governo, como os ministros Ricardo Lewandowski, da Justiça, e das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, Derrite anunciou que desistiu de alterar a Lei Antiterrorismo e que preservaria a competência da PF - Polícia Federal na proposta, na proposta inicial, bem diferente do que pretendia.
Aproximadamente uma hora depois, o Secretário de Segurança Pública de São Paulo, licenciado, divulgou o novo relatório, confirmando o que havia antecipado.
Desde a divulgação do primeiro relatório, Derrite rejeitou a proposta da oposição (seu grupo político) de fundir o texto do governo a outro projeto da oposição.
Em seu relatório inicial, Derrite havia determinado que a PF só poderia se envolver em investigações de organizações criminosas quando as apurações tivessem alcance nacional, e ainda assim mediante autorização dos governos estaduais (absurdo). Além disso, equiparava organizações criminosas a grupos terroristas, classificação que atende a um pleito intervencionista dos Estados Unidos.







